sábado, 12 de abril de 2014

Ying Yang

A impressão que temos de que a matéria é condensada é uma ilusãozinha. Os elétrons ficam voando ao redor do núcleo, que é pequeno em relação à órbita eletrônica. As coisas parecem bem duras e densas de onde vemos elas, mas na verdade elas são bem mais vazias do que parecem.

Se a matéria fosse feita dos núcleos em si apenas, não seria nada parecido com o que é, seria provavelmente sem forma e sem as propriedades que conhecemos que acontecem da distância e da separação e divisão. Não fosse essa "ilusão", seríamos apenas uma massa amorfa e sem forma.

Um bloco de mármore não é uma estátua até que lhe tirem pedaços.
É o que se chama de esculpir: a forma surge quando se tira partes afim de propor limites diferentes. Ou mesmo, propor limites.

As trevas são basicamente a ausência de luz.
As luzes se espalham para todos os lados que podem a partir da fonte. As sombras estão nos lugares aonde a luz não atingiu.

As trevas são os pedaços de mármore tirados para que haja a forma.
Não existiríamos sem as trevas. São as trevas que nos dão a forma.

Não excluiremos as trevas. Mestraremos ambos luz e trevas, e assim seremos mais, incondicionais. Só assim a escolha pela luz fará parte da Harmonia.

Tu és pó de estrelas. De luz somos feitos e à luz voltaremos.

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