domingo, 20 de junho de 2010

I pS2 You

Não sei começar esse texto, só sei que a minha revolta se foi. Eu aceitei as coisas como elas são, intensas demais para serem manipuladas.
A verdade está lá fora, e é justamente por isso que permaneço aqui dentro. É por não ter que encará-la e estragar a minha felicidade.
E é por isso que eu amo tanto as crianças, e meus olhos se enchem de lágrimas quando eu vejo a alegria radiante dessas criaturas tão puras. Como são sinceras as crianças. Estes não são homens, São pássaros com o único intuinto de voar e sentir a brisa do ar entre as suas penas.
Eu nasci pra ser pai, pra ver o maior amor do mundo nascer, plantar a minha semente de esperança no meio dessas trevas, por mais egoísta que isso seja.
Mas não existe mãe no mundo tão perfeita para a minha cria quanto Agrias. Não existe mulher como Agrias. E o pior de tudo: Agrias simplesmente não existe.
E é por isso que eu quero ser criança, eu tento ser igual aos seres que eu amo e invejo. Eu sou uma criança radiante quando porro os chineses, junto com as espécies raras que somam algo pra "humanidade".
Quanto mais conheço o homem, mais eu gosto do meu Playstation.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

O Calculador, pt.2 (ou Calculado)

As vezes me pergunto quem é o grande matemático em questão: nós, ou eles?
É agoniante ter tantas certezas, quando o que eu mais queria é que as minhas dúvidas e expectativas fizessem algum sentido. Mas são só sentimentos humanos. Fraquezas. Não é possível viver sem fé.
Fé, o veneno dos que buscam a verdade. Fraqueza, fraqueza, fraqueza. Não me incomoda tanto agora que eu sei: não dá pra fugir do nosso desenho primata e sem luz.
Fé no impossível, fé no ilusório. Fé em que afinal, quando tudo é tão óbvio? Tudo é rubro, com detalhes em negro, bem no fundo. Esse é o mundo em que vivemos. O mundo que engole, absorve tudo que há de celestial em você, ao mesmo tempo que oramos por eles. Somos profanos. Somos mundanos.
Se somos as teclas ou a calculadora? Eu prefiro acreditar que somos apenas o usuário. Enquanto a placa-mãe digita por nós, sinais randômicos, expressões matemáticas de cunho assombrosamente frio. Tudo é calculável, tudo é calculado. Tudo é uma parte de tudo. Tudo é binário.
Ainda assim, precisamos esperar o sinal, pois a lógica depende de cronologia, de fatos. E quem nos emitirá esse sinal? Quem controla todo esse sistema operacional, essa interface tão complexa, onde o simples bater das asas de uma borboleta pode gerar um tufão do outro lado do mundo?
E então ele percebeu que no fim, o caçador sempre vira caça.
O calculador foi calculado.

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Apesar de ser um enorme clichê, a vida realmente é uma imensa roda gigante, cíclica, frustrante, monótona e com hora certa pra acabar a diversão... Seguindo por essa lógica posso afirmar que atualmente me encontro na parte de cima dessa roda gigante, todo vomitado e clamando para que o passeio termine logo...
Devo dizer que entrei no parque de diversões por volta de 2007, desde então muita coisa me aconteceu, fui subindo aos poucos na roda gigante da vida, conquistei coisas importantíssimas ao longo do caminho e até pouco tempo atrás apenas admirava a bela vista que se formava lá do alto, porém, infelizmente, não prestei a devida atenção ao enjôo que me incomodava antes de entrar no brinquedo, logo, quando menos esperava, estava todo cagado e preso lá em cima, estragando toda a subida e arruinando tudo o que me aconteceu de bom ao longo do caminho...
Agora cá estou, encarando 2007 novamente, me preparando pra começar tudo outra vez e limpando a sujeira de minhas roupas, sei que por mais difícil que seja vou voltar a subir nessa roda gigante, de certo bem mais experiente e focado do que antes. Por enquanto sei apenas que vou ter de curar meu enjôo para que este não venha a acontecer mais uma vez durante o percurso, provavelmente sua causa é comida ruim em excesso ou então algo psicológico, seja lá o que for, ainda preciso descobrir como driblá-lo, quem sabe me acalmando, quem sabe comendo menos ou então apenas tendo uma boa companhia ao meu lado para quando o enjôo chegar me passar o saquinho de papel, botar a mão em minhas costas e dizer: "Está tudo bem, vai passar..."
Enfim, estou de volta a manutenção, esperem por mais textos e metáforas idiotas como esta...
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