terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Previsão para 2011

Caros amigos, é com prazer que venho informar-lhes que o ano de 2011 será um ano muito calmo. Não necessariamente de paz, mas de tranquilidade.
Estou animado pois prevejo que em 2011 terei minha tranquilidade mental recuperada, coisa que mais me faltou em 2010.
2010 Foi o ano do conhecimento, onde eu adquiri toneladas de informação e comecei a digerí-las, para só terminar o processo em 2011 e então poder utiliza-las como eu queria. Não vai ser um ano de grande criatividade, mas vai ser o ano que vai iniciar um período de criações cada vez mais exuberantes de minha parte. Sinto que vai ser um ano que vai nos proporcionar grandes satisfações, mas sem exageros, e muito equilíbrio.
Enfim, amigos, um dia nós iremos nos encontrar quando formos velhos, e aí nós diremos: "Ah, 2011, aqueles foram bons tempos..."

E olha que eu sempre acerto essa porra, heim!

domingo, 21 de novembro de 2010

A felicidade num copo de coca.

Eu não procuro felicidade alguma. Eu procuro o propósito.

Quantas mais pessoas terão de morrer sem ter doado nada ao mundo por não perceber que o sentido de ser não pode ser "ser feliz"?

Tanta gente acha que o sentido da vida é ser feliz. Fazem de tudo para chegar nisso, tudo para ter aquela dose de felicidade de um final de semana ou outro. E muitas vezes esquecem de viver. E, irônica e fatalmente, não conseguem ser felizes.

As pessoas vão fazendo coisas tentando ser felizes. Ser feliz é o seu propósito.

Eu, ao invés disso, vou sendo feliz tentando fazer coisas. Meus propósitos sou eu que faço.

Ser feliz está errado. Não se é feliz; Se está feliz.

Se eu ganhasse um bilhão de reais amanhã e meu avô morresse no mesmo momento, não estaria nem um pouco feliz. Mesmo que meu propósito, até o momento, fosse ficar rico.

Quanta gente diz "Ah, se eu tivesse um trabalho estável, um salário bom, isso e aquilo, meus filhos seguros, seria feliz". Não vêem que todos esses elementos são estados que apenas durariam muito. Estados que são garantidos por coisas a que se conquista. Se ele perdesse aquelas coisas, não estaria mais feliz.

Não faz sentido viver em busca da felicidade. Ela é uma função de estado.

Se uma pessoa hipotética tivesse todos esses elementos que alguém comum considera necessários para se ser feliz, ainda assim poderia não ser feliz. Talvez tenha sacrificado muito de seu tempo fazendo o necessário para conseguir aquilo e não viveu de fato.
Talvez essa pessoa simplesmente não saiba que "é feliz" - procurou tanto e acha que ainda não encontrou, continua procurando.
Imagina se logo em seguida ela descobre que é? E daí, simplesmente passa a ser. Então aí ser feliz é apenas saber que se é, implicando que virtualmente qualquer um pode ser feliz, mesmo sem nada sequer ser. Então não é possível ser feliz. É apenas possível estar feliz.

Quando eu atinjo meu propósito, crio outro, respeitando o dignificar da existência. Inclusive um dos propósitos é achar O propósito, o sentido de ser. Se você pudesse ser feliz, não teria como criar outro propósito do mesmo gênero. Sendo tudo passageiro, inclusive a própria vida, nada que não seja a sua história e o que se conquistou fica. Portanto o Propósito não pode ser abstrato.

Dizer que o sentido da vida é ser feliz é uma desculpa para pessoas agirem como animais pensantes ao invés de humanos, às vezes.

Então pare de tentar ser feliz e vai catar alguma coisa pra fazer de útil. Esteja feliz enquanto estiver fazendo alguma coisa que tenha de verdade um significado.

sábado, 6 de novembro de 2010

O sentido da vida

Resolvi reformular esse texto pois ele não estava muito claro.
Na verdade, ele não se propõe a esclarecer o sentido da vida, ele se propõe a mostrar que a vida tem um sentido, se tiver, independente da real questão humana: qual é o sentido de ser?

Eu tentei, conforme abaixo, dar uma explicação meia-boca usando coisas da segunda lei da termodinâmica, então não sejam muito rigorosos. O lance é algo do gênero "tem alguma coisa a ver com isso aí, sacou" demais para ser levado a sério.

Por que ser vivo sem se dar conta de que se é vivo é o mesmo que ser rico sem se dar conta de que se é rico. Não é ser.

Se pegamos, por exemplo, um Hexaaquo-cobalto e reagimos com aminas, poderíamos ver que ele reage melhor com uma diamina (ligante bidentado) do que com uma amina simples (monodentado). Veja abaixo:

1 Co(H2O)6 + 6 NH3 --> 1 Fe(NH3)6 + 6 H2O
7 moléculas -> 7 moléculas

1 Co(H2O)6 + 3 EDA (etileno diamina) --> 1 Fe(EDA)3 + 6 H2O
4 moléculas -> 7 moléculas

A reação debaixo é favorecida pois há aumento no número de moléculas na segunda reação, ou seja, aumento de entropia. As entalpias são praticamente iguais, por isso não se trataria de termos energéticos.

As reações onde isso acontecem não precisam ser químicas, podem ser físicas, como o gelo derretendo acima de 0ºC - exemplo clássico de aumento de entropia. Coisa que, aliás, acontece naturalmente uma vez que a energia de Gibbs diminui quando isso acontece nessa temperatura - e a cachoeira sempre flui para  o posto de menor energia.

Em acordo com a segunda lei da termodinâmica, trabalho pode ser completamente convertido em calor, mas calor não pode ser completamente convertido em trabalho. Com a entropia procura-se mensurar a parcela de energia que não pode mais ser transformada em trabalho em transformações termodinâmicas.

Disse deus quando fez o mundo: conservai a energia, e aumentai a entropia. E assim tem feito o universo todo, sempre que rola um trabalho, parte vira trabalho e parte vira calor, mas nunca só trabalho. Haverá uma hora em que tudo estará em equilíbrio de um tal modo que não haverá de onde tirar energia para realizar trabalho e transferir a energia, pois para onde quer que seja transferida, estará indo contra a diminuição de potencial. No conto de Asimov esse é o ponto chave: como impedir que o universo se desfaça conforme a entropia tende a infinito, já que as reações em todo universo são favoráveis ao seu aumento? Como impedir uma situação de estatização geral das coisas? 

Algumas pessoas (me inclua) vêem semelhanças nisso com a forma com a qual se comportam sistemas econômicos.

Podemos ver um ser vivo por duas maneiras. Era antes um monte de matéria bruta espalhada, um porrilhão de moléculas, e agora é uma porra só. Ou pode ser um porrilhão de moléculas, que agora é um porrilhão de moléculas junto, mas ainda, um porrilhão de moléculas.

Em geral, os Bioquímicos definem a vida como um conjunto de moléculas que em suas interações mútuas desenvolvem um programa de auto-regulação, cujo resultado final é a perpetuação da mesma coleção de moléculas. Um equilíbrio dinâmico que ao trocar matéria e energia com o meio permite a redução da entropia.

Antes eram plânctons, agora mamíferos, e depois humanidade, e depois só Asimov sabe. A vida é o meio que o universo achou de evoluir o mecanismo de balanço termodinâmico-cinético. O sentido da vida é, de certo modo, compensar o aumento de entropia. É a vida que evolui e, no conto de Asimov, desenvolve o demônio de Laplace, que descobre como "inverter" a tal da entropia.

Eliminamos uma pergunta da infinidade das quais poderiam ser uma das perguntas fundamentais sobre a vida, o universo e tudo mais.

Agora passa-se à pergunta: qual o sentido de ser?

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Our strength grows out of our weaknesses

A tristeza é senhora
Desde que o samba é samba é assim
A lágrima clara sobre a pele escura
A noite e a chuva que cai lá fora

Solidão apavora
Tudo demorando em ser tão ruim
Mas alguma coisa acontece
No quando agora em mim
Cantando eu mando a tristeza embora

O samba ainda vai nascer
O samba ainda não chegou

O samba não vai morrer
Veja o dia ainda não raiou

O samba é o pai do prazer
O samba é o filho da dor
O grande poder transformador

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Ranso político

Político nesse país é ladrão e ponto. Eu fui criado assim. Ninguém presta.

Não pode entrar retardado nenhum na política que já se olha torto, qualquer que seja. Todo mundo tem rabo preso, todo mundo tem pica apontada pra si. Se eu surgir na política do nada agora, sou corrupto. Ou burro.

Como é que se quebra a barreira?

Todo mundo é corrupto, todo mundo é burro, todo mundo é desinformado. Tanto o político quanto o povo que elegeu ele. O sistema é retroalimentado uma vez que o político não investe na educação e o povo deseducado o reelege.

Como é que mudamos isso?

Se um grupo de intelectuais tenta informar melhor ao povo, é considerado parcial, partidário, corrupto também, liberdade de expressão é coisa de idiota. O controlado acha que a verdade que lhe foi apresentada é única, não se questiona nunca, e arranja infinitas maneiras de embargar a conjecturação sobre isso. Todos é que estão errados. Vivo no meu mundo, e ele está bom.

Como é que se tira essa ilusão da massa?

Em Independence Day, precisou aparecer uma raça de aliens absurdamente mortal. O planeta se uniu num instantinho só. É o clássico elemento externo realizando trabalho no sistema termodinâmico: a energia flui de maneira organizada pelas partículas.

domingo, 3 de outubro de 2010

Ao brilhante japinha

Vou começar dizendo que cada vez mais me identifico com seus textos e o seu raciocínio construtivo. Acho lindo deixar o pensamento chegar a um nível de abastração que nos permita filosofar sobre tais questões, principalmente sobre o homem-macaco começando a caminhar, matar animais, criar ferramentas, plantar e socializar. Não acho que faltou argumento, faltou didática, o que pra mim não foi um grande problema.

Bom, eu posso lhe afirmar que não deixamos de "ser" quando morremos. Alias, eu não, mas o mano Lavoisier pode. Eu não conhecia o Hume e peço que você me mande algo dele pra ler, o cara parece ser gente fina. É claro, eu nunca morri pra saber o que acontece, mas se somos uma reação química ambulante (uma não, mas infinitas), a nossa consciência fica apenas para os livros, músicas, momentos que produzimos e criamos no decorrer da vida, mas o que somos nunca deixa de "ser". Fala tu, Lavoisier.

A questão do semicíclo é complexa, mas se você olhar bem, vai perceber que não se tratam de semicíclos, mas sim de uma pata de elefante.
Sacanagens à parte, sabemos que pi não é 2. Mas é óbvio, nós inventamos o pi, como vamos desinventa-lo agora? Pi não é dois, mas eu acredito que o perímetro seria definido por uma série matemática, com um valor aproximado descrito em termos de Pn, sendo n um numero real qualquer. Eu sei que ninguém gosta de aproximações, mas as grandezas mensuráveis que o homem inventou, todas elas são pra generalizar aproximações de forma que a natureza possa ser manipulada ao nosso favor. Me desculpem os matemáticos que acreditam nisso, mas a matemática, ao contrário do que se diz, não é uma ciência exata. A matemática é apenas uma série de ferramentas usadas para aproximar o real do prático, do mensurável. mas nada é totalmente mensurável, porque o mundo não é exato.
Tente cortar, por exemplo, qualquer merda que seja. Tá bom, uma placa de alumínio. Você pode cortá-la usando algum método qualquer que seja, mas ao fazer uma análise microscópica você percebe as ranhuras, oscilações e irregularidades no material. Apesar de citar o alumínio, tudo no mundo é assim. As coisas só são mensuráveis até onde elas nos são utéis, porque nada é o que teoricamente é. A nossa exatidão não passa de uma aproximação, de uma aproximação, de uma aproximação.
Se você for pensar assim, vai ver que a "perfeição" que Deus criou é uma historinha bonitinha, que as crianças ficam cuzolinho cheio d'água quando ouvem. O mundo não é perfeito porque a perfeição é aproximada, em cima de conceitos que engolimos desde que nascemos.
Agora um exercício: observem um quadro do pintor Salvador Dalí. Eu sugiro A Persistência da Memória (usem a porra do google pra isso). O que você vê? Um mundo totalmente escaralhado. Agora imaginem que nós vivemos nesse mundo, e que nossos pais, os pais deles, e que a humanidade sempre viveu e teve sua criação concebida neste mundo, de Dalí. Então, aos nossos olhos, o mundo seria perfeito ou escaralhado? Aí entra a Teoria do Escaralhilson, que diz que tudo é uma soma de fatores randômicos, com resultados randômicos em cadeia. Eu sei que isso desmitifica o sentido da vida, mas será que a vida sequer tem algum valor? Aperta as setinhas, quadrado, x, bola e triângulo que o boneco solta um poder irado, tu vai ver.
A perfeição não existe, porque ela é um conceito, uma aproximação que nós criamos pra definir o universo que conhecemos, que o ser "perfeito" criou. A perfeição não existe.

Chuang Tzu, o cachorro chinês, nada mais é que o avesso da persona Gregor Samsa, usada por Kafka. A diferença é que Gregor via o mundo pelos olhos de uma barata, por se sentir uma barata também. Eu particularmente prefiro uma barata, não por gostar do bixo, mas porque sofro de motefobia, e se eu achasse que era uma borboleta, provavelmente entraria em pânico e morreria por asfixia. Mas enfim...

Sobre matéria, existência, realidade... que porra foi essa? Niilismo? Conceitos de magia? Agora me pergunto se você tá indo longe demais ou eu tô indo longe de menos. Mas suas argumentações são vitais, fiquei feliz ao saber que você se questiona sobre isso.

Agora vem a questão do "implantar um pensamento". Não sei bem o que você quis dizer sobre isso, mas me lembrou A Origem (Di Caprio entrando nos sonhos, implantando ou roubando pensamentos e pans). A breviedade que define a ação de um padrão de PNL, ou qualquer outro método vai de menos a mais infinito, depende do que tá acontecendo, e da referência. Isso é de uma complexidade tão grande que Fourier perderia a vida inteira implementando dados convenientes a essa serie, e nem tempo de calcular um coeficiente sequer ele teria. Afinal, o Caos não se avalia, apenas se aceita. Teoria do caos, das cordas, dos caralhos, geometria fractal... vamo ver onde isso vai dar...
Se o universo é uma série de mentes se sobrepondo, me lembro do final de MiB, o universo que conhecemos se revelando algo dentro de algo e por aí vai. mas se o universo expande, podemos pensar também que dentro dos átomos existe um universo, e dentro dele um menor e etc. A série converge e diverge e a matemática falha outra vez.

O desequilíbrio, caro asiático, é só um outro nome para o equilíbrio, partindo-se de outro referencial, outro ponto de vista. O mundo está reagindo a ele mesmo agora, e não tem como impedí-lo de equilibrar e desequilibrar-se milhões de vezes a cada milésimo de centésimo. O Caos nada mais é que a perfeita harmonia, que nada mais é que os conceitos que a gente absorve sem peguntar por que, que é a perfeição, que é Deus.
Ninguém se entende no mundo, mas esse é o nosso mundo, nossa pefeição.

O equilibrio perfeito existe numa mente ideal. Mas o ideal é irreal. Nem o computador mais avançado do futuro mais longínquo é perfeito, pois seres imperfeitos o terão programado. Por mais fuderengo que o seu "bukka-core" seja, ele ainda será suscetível ao tempo, ao clima, ao homem, e as ranhuras, falhas e imperfeições que descrevem a matéria.

Enfim, viajei e...

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sábado, 2 de outubro de 2010

Teoria do Desequilíbrio


Você não vai entender esse post.

Quando o tempo se reduz a zero, o esforço beira as raias do infinito. Se não existissem os últimos minutos, nada nesse mundo seria realizado." 


- Murphy

Na minha antiga escola, que era católica, havia um irmão chamado Hilário.

Ele não era lá muito engraçado, mas era um velhinho muito gente fina, aparentemente uma pessoa muito boa e gentil, incapaz de fazer mal a uma mosca sequer. Foi uma das pessoas mais amáveis que eu já vi. Ele era cego. Mas não gostava de ser chamado de coitado, dizia que tudo que deus fazia era por uma razão.

Uma pergunta muito elementar levando em conta o contexto desse blog é: Será que se ele não tivesse ficado cego e toda aquela coisa de dificuldade, de família humilde, será que ele teria se tornado essa pessoa?

Eu vejo países muito ricos, onde a igualdade de direitos para os cidadãos é bastante presente. E lá, onde não há perigo, insegurança, medo da violência, da perda de seus entes queridos, e de outras coisas mais como aqui, as pessoas se suicidam aos montes.

Por quê?

Será que, como na Teoria do Equilíbrio, sofrer seria necessário, inerente, bom para o homem? A constante dor do existir e não ser o aquilo que ainda não se é, seria Necessária, para um dia, de fato, ser?

A noção de posse surgiu quando o homem descobriu o egoísmo: no surgimento da agricultura. Antes, quando nômade, o homem vivia em grupos que entendiam que quanto mais unidos maiores suas chances de sobreviver ao mundo. E por isso dividiam a tudo, nada pertencia a ninguém. Nem seus filhos, que eram criados por todos, e, principalmente, pelos mais velhos do grupo, os mais experientes. Nem suas mulheres, que eram mulheres de todos, e não havia motivos para ciúme e injustiça. Não havia posse.

Entretanto, o homem descobriu que algumas coisas quando azedavam formavam bebidas de sabor especial. E viram que era raro que isso acontecesse naturalmente. A comida era até fácil arranjar, foda era arranjar uma cerveja. E foi o homem descobrir como que fazia pra arranjar mais daquilo. E descobriu a agricultura. E quando o homem viu que seu trabalho todo plantando por uma vida toda, regando e esperando crescer era ceifado pelos outros enquanto seus filhos não eram lá tão bem alimentados, ficou puto. Não, não, aquele era o trabalho dele, ele é que merecia colher os frutos. Os filhos agora eram dele. A mulher também. E a família também.

Todos nós temos pequenas coisas, mas o que é que faz as coisas serem realmente Nossas? Que tipo de rótulo é esse?

Mais algumas particularidades a serem ressaltadas seriam com relação à fragilidade da própria noção de realidade do homem. Uma é quando se toma noção de que o Não-Existir é inconcebível. O que, segundo a linha de pensamento do texto O Propósito, seria quase Tautológico: as coisas que existem são só as que foram concebidas. Se o Não-Existir fosse concebido, passaria a existir. Não digo o conceito em si, digo o "como se é" quando não se existe. Por exemplo se você morresse e não tivesse vida após a morte ou coisas do gênero, como imagina que seria a partir daí? Como é o não-ser, o nada puro?

Outra particularidade concerne a fragilidade dos sentidos humanos. Nossa realidade é tão dependente deles, e sem eles somos tão patéticos. Veja por exemplo Ensaio sobre a Cegueira. Retirando-se a visão dos homens, por mais que continuem saudáveis, viram minhocas no macarrão. Ou o filme Perfume, onde um filho do caos, em busca da síntese do cheiro de sua amada que já não vivia mais, sintetiza um perfume com o cheiro extraído de algumas das mais belas espécies de jovens de toda uma região, e o perfume resultante tinha um poder mágico de tornar aquele que o utilizava um anjo, ou quando espalhado, fazer com que as pessoas tomassem para sí as características do perfume, desencadeando uma paixão avassaladora e incontrolável entre os mesmos. E depois de tudo isso descobre que o perfume nunca poderia lhe fazer amar ou fazê-lo amável, o que acaba sendo sua maior frustração e fonte de sua autodestruição.

Remover, enganar sentidos, sentimentos. Aquilo que gera o mundo dentro de nossas mentes, a fonte da cachoeira e de todo o rio. E pequenas mentiras estão a todo lugar.


Isso me lembra o Coringa de Heath Ledger, que gostava de matar com faca. Ele dizia que a arma de fogo era demasiado rápida, o que não lhe permitia apreciar os "pequenos momentos". Que nos momentos derradeiros as pessoas mostram sua verdadeira face. Ele dizia que era alguém que só fazia coisas, e não tentava planejar e controlar o mundo. E ele passava a faca nas pequenas mentiras.

Isso me lembra um pequeno paradoxo que me foi apresentado uma vez. Seja um semi círculo de raio 1. Seu perímetro é pi. Se fizermos 2 semicírculos de raio meio, isto é, dentro desse semicírculo maior, teremos 2 perímetros de pi/2, que somados dão pi também. Analogamente para qualquer número de divisões.

Suponha que o número de semicírculos tende a infinito. Parece que os semicírculos vão ficando cada vez menores e a soma deles se parece com a linha reta abaixo deles, certo?

Entretanto, essa linha é o diâmetro e mede 2. Como pode isso se a soma dos perímetros mede pi?

Isso mostra que na vida, o número de semicírculos é tão grande que a gente pode achar que pi é igual a 2.

(Na verdade não tende à linha. Observe que os pontos de encontro entre os semicírculos são bicos, e portanto não existe derivada. Quando o número de semicírculos tende a infinito, o número de bicos também tende a infinito, o que implica que, de certo modo, todos os pontos são bicos, logo toda a figura não possui derivada, o que a impede de ser uma reta)


Eu vejo uma calça azul. Mas o que garante que o azul que eu vejo é o mesmo que você vê? Meu azul pode ser um pouco mais verde. No entanto, ambos olhamos para o azul e Sabemos que ele é azul.

Chuang Tzu uma vez sonhou que era uma borboleta, e que nada sabia de Chuang Tzu. Apesar de meio gay, é um provérbio chinês metafórico, e lembra matrix. No sonho, havia apenas a certeza de que se era uma borboleta e se voava, e não saberemos como era a percepção de um jardim, por exemplo, se era como nós vemos, ou se era um polígono verde. A imagem é subjetiva, apesar da memória. Quando Chuang Tzu acordou, tão vívida foi a experiência que ele não sabia se era agora uma borboleta que sonhava ser Chuang Tzu ou se era Chuang Tzu que tinha sonhado ser uma Borboleta.

Da incapacidade humana de imaginar o não-ser, surge a idéia de consciência alheia ao ser, que alguns poderiam chamar de espírito. Para Berkeley, o idealismo implica que não existe matéria fora da noção de percepção, seja atual ou conjectural. Para Hume, não existe Espírito fora da mente, isto é, a noção sucessiva do mundo material e tudo além. Os elementos são percebidos, convertidos em sensação, enquadrados em estado mental e resolvidos em interação.

A matéria não passa de uma sucessão de percepções, e o espírito não passa de uma sucessão de estados mentais. Considerando que o tempo não existe fora do presente, não há sucessões que não sejam as que se classificam no passado atual ou no futuroconjectural, o que é ilusório à percepção, que é presente. Nem espírito, nem matéria essencialmente existem, apenas as idéias delas, nem a noção de sucessão do tempo é válida

Se dentre os inúmeros leitores do provérbio de Chuang Tzu, algum tenha, por acaso não impossível, sonhado que sonhava ser uma borboleta e depois acordava e era Chuang Tzu, exatamente igual à experiência subjetiva do mesmo, uma vez postulada essa igualdade, os momentos não seriam o mesmo?

Se há negação dos termos da série e do sincronismo de séries temporais, há negação do tempo.
Suponha agora que tenhamos um avançado mecanismo de neurocomputação capaz de induzir pensamentos com exatamente as mesmas noções de percepções, isto é, experiências iguais, em sujeitos diferentes. Este computador induz aos sujeitos o pensamento de que estão pensando algo. Porém esse pensamento é tão breve quanto o acender da luz. Quando eles se derem conta de que pensaram, estarão pensando que pensaram em pensar. E se dariam conta de que estariam pensando que estavam pensando em pensar em pensar. E assim infinitamente.
P (P) = P então P = P(P) = P(P(P)) = P(P(P(P...(P))...)

Se os indivíduos percebem isso em épocas diferentes mas de maneira igual, temos um motor de tempo paralelo ideológico.

O mundo então existe na mente do idealista. Existem, nesse mundo, outras mentes. E nessas mentes, existe o mesmo mundo, sob outra percepção. E dentro desse mundo, também existem outras mentes, inclusive aquela da qual partiu o raciocínio. E assim infinitamente.

E se existe uma mente que não está contida em nenhuma das mentes enquanto parte do mundo, mas todas estão contidas nelas como parte do mundo e como donas do mundo?

Como desencriptamos a indução do pensamento?

Como descobrimos que pi não é 2? Através do pensamento? Através do caminho da ação caótica, como metaforicamente o Coringa aqui foi usado?

Porque o Desequilíbrio é exatamente a função de deus. A diferença de potencial, o raio.

O que eu estou tentando aqui é descobrir a fórmula do manifesto dos filhos do éter: aquela que leva à quebra da cadeia, da sincronia, da sucessão. O despertar para a magia é a única maneira de governar esse mundo para todos de verdade. Pois do caos nós nascemos e por isso não seremos menos nem mais que isso. Exceto dentro do mundo, que é a nossa mente.

Um mundo de idéias de pseudo-inseguranças como forma de emular o caráter predatório, calculadamente plantadas, para que Este desequilíbrio impedisse que os suecos e finlandeses se suicidassem.

Porquê todos querem igualdade, todos querem equilíbrio, e eles não vêem que isso é só mais uma forma de desequilíbrio. Existe equilíbrio só quando existe numa mente, logo num universo inteiro, logo não existe.
O equilíbrio nunca existirá pois ele fere o propósito do mundo. O equilíbrio em uma mente não é equilíbrio em outra. O equilíbrio é o ponto zero do mundo.

Paremos de estudar o equilíbrio, e passemos a estudar o desequilíbrio. Este é o novo paradigma.



PS: Cabe aqui um comentário. Esse post foi propositalmente escrito com desconexões e algumas vezes falta de argumentos. É uma espécie de metalinguística, e quero que quem leia pense no que faltar. Produza as partes que faltam afim de fazer sentido, como Gestalt. Só assim o pensamento realmente se reproduz. Mais idéias irão surgir conforme o tempo, e haverá propostas concretas.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A criança

Esse é um dos posts que o começo não tem porra nenhuma a ver com o final. Mas é um recurso de linguagem, que você vai ou não entender na hora certa. E, como em muitos dos meus textos, você vai ou não perceber que eu gosto de falar menos do que devia. Mas vocês, eu assumo, sabem pensar.

É impressionante como nos mobilizamos pelos nossos problemas. Como o desequilíbrio faz o mundo se mover em busca de um equilíbrio, que atualmente, não tem alguma ordem.

Passe a perceber as pessoas. E você poderá ver que a maioria delas luta contra coisas que as fez mal um dia, e não se importa tanto com as outras. A algumas delas faltou isso, e por isso procuram por aquilo. Algumas faltou outra coisa, e por isso procuram algo relacionado. A algumas crianças faltou comida, e por isso fariam de tudo para lutar contra sua pobreza, e hoje dão valor ao dinheiro que têm. A algumas crianças faltou reconhecimento, e por isso hoje se esforçam para consegui-lo, mesmo que não reconheçam isso nem de verdade queiram. Seja pelos seus méritos intelectuais, estéticos, atléticos, artísticos, e tudo aquilo que formaria um indivíduo completo.

A algumas crianças faltou amor.

Nós quando imaginamos robôs perfeitos, achamos eles perfeitos porque a eles não é permitido o erro natural, o sofrimento, nada daquilo que nos aflige. No entanto, eles, sem nós, não têm propósito.


E é por isso que deus nos criou.

Esse é o grande dilema da coexistência. Um dia criaremos deus de novo. Para que ele nos recrie depois que o mundo acabar.
E ele, enquanto perfeito, vai pensar como nós quando criamos o robô perfeito, e vai perceber que a única coisa que o aflige é a falta de amor.
E ele vai perceber que não é perfeito. Nós é que seremos quando formos criados.

Mas isso só ele poderia entender.

Eis que fica ampliado o caráter para a pergunta "qual é o sentido da vida".

Vamos admitir a já conhecida metáfora, que representa a convergência de tudo: O universo, se for um ser vivo, ao morrer, se reproduz e renasce, por meio do Demônio de Laplace ou algo assim.


Eis uma metáfora visual que leva a muitas questões.

De um modo geral, se considerarmos a nós mesmos como, dentro da metáfora, pontos de coleta de informação, poderia-se afirmar que qualquer tipo de experiência é uma forma de produção de informação. De maneira que a relevância de um assunto experimentado seria função de sua originalidade. Exceto é claro em detalhes que ignoramos, como as pequenas microfísicas da sorte e da tempestuosa natureza humana, ou melhor, "das". Mas assim mesmo contribuiríamos, de qualquer forma que fosse, para o Renascimento.

E supondo que eu agora saiba que tenho que fazer, a questão que surge, elementarmente, é: Por quê? Por que temos que querer ser algo melhor? Não podemos nos tornar desprezíveis se quisermos?


E eis que, mesmo respondido, ainda haveria espaço para mais uma pergunta - o "Por que isso tudo?" passa a ser "Por que porquê?" (Why Why). E esses porquês a serem englobados num único propósito são muitos.

Esta indução chega numa conjectura geral:
A infinita cadeia de sucessões a que pode levar um raciocínio acerca de fatos fora do nível de realidade do homem só pode ser conhecida/entendida através da experiência (assim são as ciências do micro e do macro). Entretanto, não temos como experimentar o nascimento do mundo. Logo, fica vedado ao ser humano saber qual é O Propósito e quais as condições iniciais - o quê do pré e o do pós determinismo.

Quem sabe deus não está fazendo experiências/estudos com universozinhos para usar em outras coisas depois.

Apesar de saber que o Propósito existe, é como esse texto: sem lê-lo até o final, não iria fazer idéia do que realmente se tratava. E talvez ainda não saiba.

Essa pequena observação, apesar de pessoal, não deixa margens para falácias, a despeito do que normalmente acontece em situações como essas.

Não importa o quanto cresçamos, sempre seremos crianças.


Então, para fins práticos, vamos brincar de lego ou jogar videogame.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Memorial de Daniel McCormick

Amar foi seu único pecado. Um erro que desafiou as leias da física e do mundo. Daniel, o homem que ousou desafiar a Deus, e sofreu as mais severas consequências.
Também, por que foi esse Deus dar-lhe tal privilégio? Amor puro e verdadeiro, o mais intenso já visto. Amor tão poderoso que o faria tomar a atitude mais insenssata possível. Mas o que é a sensatez para quem ama? Tal condição o punha em piloto automático quando o assunto era raciocinar. O amor tem essa característica vil de quebrar todos os muros entre o sagrado e o profano; entre a sanidade e a loucura; entre o bem e o mal.
E ninguém pode dizer que ele não amou de verdade. Ele entregaria sua vida por sua amada, e o fez. Mal sabia Daniel que o mundo é frio, uma máquina gigante que facilmente repõe suas engrenagens. Mal sabia Daniel que ele seria esquecido, e seu futuro se tornaria totalmente incerto, e seu presente simplesmente desapareceria. Daniel não perdeu sua juventude, ele apenas a interrompeu.
Nós nem podemos imaginar o quão intensa é a dor de acordar e ver que as pessoas que amamos ja se foram, e que todo o nosso esforço foi em vão, e as toneladas de idéias obscuras e arrependimentos sobre a cabeça. Mas Daniel tinha certeza de que era impossivel ignorar o que ele sentia, que para ele era o sentido de toda sua existência. Ele errou, mas descobriu que se não tentasse, toda a vida dele é que significaria um grande erro. O único jeito seria fragmentar a vida, tornar a derrota num recomeço, reerguer-se e caminhar, pois só os vivos caminham. Só o coração dos vivos é capaz de bater. Só os vivos são capazes de tentar sem se arrepender.
Daniel McCormick, o homem que perdeu tudo, menos a sua juventude.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Do fogo e do samba

Da próxima vez que você estiver fumando, repare na brasa.
O fogo da vontade. O fogo da autodestruição.

O fogo é o pai da construção e o filho da destruição.

O samba é o pai do prazer e o filho da dor.

Os grandes poderes transformadores.

E o álcool é o pai do poder e o filho da idéia.

Amor é tudo isso. E o contrário disso. E talvez mais um pouco.
Da próxima vez que você estiver amando, repare na brasa.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Chat dos Filósofos. (La Pergunta?)

Jenny From The Bloc diz:
*a parada é que
*eu to em conflito ideológico interno
*preciso de umas respostas
*pra ai sim fazer direito
Coronel Cabelinho diz:
*42
Jenny From The Bloc diz:
*essa é a resposta de uma pergunta que é resposta de outra pergunta
*qual é a pergunta?
*ninguém sabe
*mas é tipo por aí
*vc há de convir que tá tudo escaralhado no mundo
Coronel Cabelinho diz:
*talvez a pergunta seja "qual é a pergunta"?
Jenny From The Bloc diz:

Coronel Cabelinho diz:
*o mundo foi feito no escaralhilson
Jenny From The Bloc diz:
*mas foi isso que eu quis dizer
*pois
*uashuasuhsahas
*só que se vc reparar
*o homem não
*o homem é um conjunto de exceções ótimas
*a ordem só existe na cabeça do homem
*e por isso ele domina o mundo
*'domina'
*sendo assim
*o objetivo do homem pode ser vir a colocar a ordem de fato
*pra que quando a merda acabe toda de vez
*venha o produto do trabalho do omem e salve tudo
*ah fodase
*teclado safado
Coronel Cabelinho diz:
*LOL
*questionar o objetivo do homem é meio neurotico
*de vez em quando eu paro
*observo as casas, os predios, as industrias, a internet, os celulares, os puteiros, as putarias
*e me pergunto
*pra que a gente faz essa porra?
*os bixos desde sempre vivem comendo, cagando, fudendo e dormindo
*mas pq a gente faz essas porras loucas?
*pra que serve a nossa sociedade?
*isso muda alguma coisa no fim das contas?
*se fosse um jogo de videogame a gente ficaria foca até zerar o jogo
*mas no mundo real essa porra nao tem objetivo
*pq as pessoas trabalham?
*lol
**foda ao inves de foca
*acho que até o feudalismo as coisas faziam sentido
*pq o objetivo do trabalho era a subsistencia
*mas depois parece que a coisa escaralhou só de sacanagem
Jenny From The Bloc diz:
*pois é
*a gente morre
Coronel Cabelinho diz:
*parece que os empresarios são um bando de sacana que veem as engrenagens girando das suas cadeirinhas de praia em havanna, com seu charuto e buceta loira apertadinha ao lado
*e a gente se fode todo a vida toda pra perpetuar um ciclo que nao muda nada
Jenny From The Bloc diz:
*uhashsausahu
*pois é cara
*a gente morre
*por isso precisa saber
*porqu
*^
Coronel Cabelinho diz:
*eu deveria postar isso no blog
Jenny From The Bloc diz:
*sim
*uhsahusauhas
Coronel Cabelinho diz:
*mas a ideia é bem isso que tu falou
*os bixos só comem, cagam, dormem e fodem pq eles sabem que vão morrer
*então pra que fazer mais do que o necessario?
Jenny From The Bloc diz:
*pq eles são animais
*nós não
Coronel Cabelinho diz:
*sei la eu acho que somos sim
*com um potencial maior
Jenny From The Bloc diz:
*cara
*isso é um assunto que requer um questionamento grande
*uhsauhasuhas
*deixa eu dar uma estudada aqui
*mais tarde de repente eu volto
Coronel Cabelinho diz:
*eu concordo com o que o Bloodhound Gang dizia:
*"You and me, baby, ain't nothing but mamals, so let's do it like they do on the Discovery Channel"
*LOL
*vlw cara, depois nois debate
Jenny From The Bloc diz:
*UAHEUAHUEUAHE
*boa

sábado, 4 de setembro de 2010

Ravok

A vontade em seu estado mais naturalmente caótico.

A única maneira prática e barata que conhecemos de mostrar a verdadeira face do homem, uma versão compactada da face da morte.

Um pequeno pedaço de pura verdade.

Ou de pura mentira. Tudo depende de onde sai o eixo do par de hipérboles.

A vida é um rio que desce para uma casacata de maneira parecida com o fluxo da magia e do paranormal, simétrico, Porém intangíveis.

E se existisse um meio ou dois de conectá-los?

Estou bêbado. Dois dos meus amigos mais queridos estão em búzios. Deus me guia. Ou o acaso.

Leiam meu livro quando ele sair.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Hide your kids, hide your wife

Como todos sabem, este blog sempre foi destinado (principalmente) a assuntos de música e filosofia.
Então eu resolvi postar aqui uma das maiores experiências musicas que eu tive nos ultimos tempos, e até filosófica também, por que não?

Esse vídeo mostra um noticiário de algum lugar, em que uma mulher sofreu tentativa de estupro, e seu irmão, o nigga-badass-motherfucker botou o cara pra correr na marra:



Daí algum(s) gênio(s) que eu morri de inveja viu nas falas do doido uma música. Não vou nem mostrar a minha opinião, fica pra vocês isso:



Incrível, né?

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Humor divino

Já viu clube da luta?

Deus sacaneou o homem. E usou o destino de material.
Disse que havia o livre arbítrio.

O homem respondeu, usando do mesmo material, o destino.
Fez uso da autodestruição.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Pai

Este é um post que era de uma idéia para o domingo passado, e não foi postado no dia propositalmente.

É engraçado como eu tenho coisas parecidas com meu pai mesmo sem nunca ter convivido com ele. E mesmo antes dos 18 anos, que foi quando eu passei a me encontrar com ele, eu tinha trejeitos, maneiras de falar, se expressar, idéias e tudo que é interesse parecido com ele.

Quando eu tinha 2 anos e nem sabia falar direito, ele foi pro Japão. Creio que seu senso crítico disse a ele que ele não ia ser um bom pai, e ele decidiu que se não fosse pra ajudar, então melhor não atrapalhar. 

Mas eu acho também é que ele queria conhecer o mundo, e conquistá-lo. Digo isso pois estou descobrindo como é chegar aos 21 anos. E ele teve um empurrãozinho. Muita gente quando tá tudo uma zueira vai e formata o windows e que se foda tudo. No bom sentido.

Eu não sei o que é ter um pai. E não quero nem falar sobre o que eu sei a respeito de ter uma mãe.

Mas eu não vejo isso com maus olhos. Afinal, se você olhar, no final de tudo, o que se aprende é sempre uma bagatela. Sou bom nesse negócio de aprender, mas às vezes falar pra quem tá de fora é fácil, e sempre é possível ir mais fundo.

E eu tive várias "referências" durante a vida. Se foram paternas ou não, sei lá, são classificações inexpressivas da psicologia individual. 

Eu sei é que ter diversidade nessa parada me ensinou a importância da autocrítica: um ponto de vista apenas nunca é o bastante. E com muitas referências, temos muitas coisas a se aprender.


Acho que os pais deveriam passar por uma auto-escola que ensinasse como se criam filhos em conjunto com a escola, obrigatoriamente, toda vez que tivessem filhos. Sob pena de perda da guarda do menor caso não esteja em regularidade.

Na verdade, eu acho a família uma instituição falida. 

Veja bem, eu Acho, e é parecido com o casamento. Quase nunca dá realmente certo, quer dizer, atinge bons resultados. Hoje, precisamos de novos paradigmas e novas formas de instituir a criação, educação e talvez até desenvolvimento da raça. Mesmo porquê segundo Hawkins vão acabar os recursos todos do planeta em breve, então é bom otimizar essa porra.

No modelo 'k-pax'iano, o sujeito era criado por todos, não por seus pais. Pois no final das contas é verdade, e é inegável: não é porque somos filhos de sangue de alguém que temos que escutar toda besteira que esse alguém fala. Pais erram, ficam malucos, bebem, fazem merda. 
E em contrapartida há seres que tentam mostrar algo que preste para as gerações, como os cavalheiros do CQC, da Liga, o Felipe Neto, alguns de seus professores, alguns de seus amigos. O que seus pais dizem é mais verdadeiro do que o que esses caras dizem por causa de... laço de sangue?

Laço de sangue não define porra nenhuma do que nós somos. Talvez uns trejeitos. 

Nós somos uma música. Nosso DNA vai no melhor dizer com que rendimento nossos sentidos vão nos ajudar a interpretar o mundo. No final o veredito é sempre da mente. Por isso não deveríamos ter contas a prestar com só uma meia dúzia de gato pingado, e sim com a sociedade inteira, e sermos Gratos por estarmos dentro dela. Quem não quiser contribuir, pode sair.

Se me dissessem que eu sou igual ao meu pai, entenderia, mas teria de discordar. Ser igual ao meu pai é um fracasso pra mim. Eu estou aqui para ser melhor do que ele. E vou ensinar meus filhos a serem melhores do que eu. Se eu os tiver.

O maestro que lidera a orquestra dá as costas à platéia.

Todos somos maestros. 
E juntos, formamos uma grande orquestra. 
E tocamos a sinfonia. 
E quem está na platéia? Os mortos? Esperando a Hora de bater palmas, quando estarão prestes a voltar para casa?

De qualquer modo isso não significa que a platéia não faça parte do espetáculo.

sábado, 31 de julho de 2010

Ars Gratia Artis

Qual é o propósito da música?

O propósito em si: a própria música.

A arte é o produto da pura vontade.

A arte é a quintessência mágica, um pedaço do mundo não material representado no material, a pura manifestação de deus.

Esta é a razão da Sinfonia em ser: simplesmente ser.

A arte não tem razão ou propósito: ela é o propósito. Tal como a vida em si e a sinfonia divina, o mundo.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Reflexão inspirada pelo texto "O Propósito"

Primeiramente, deve se saudar a magnífica abordagem, no texto, da questão humana, sempre trazendo à tona exemplos. Todo aquele que negar a clareza de pensamento desse texto vai claramente contra toda uma nova tendência, por que não ousar? uma nova escola que surge, com cada dia mais força, e com cada vez mais solidez em sua fundamentação, não só dos debates que deram o insight necessário para todo o processo de formação de pensamento e construção teórica que vem sendo feito desde o ínicio deste blog, mas da própria inspiração tida durante o "ócio produtivo" daqueles que a seguem e que propõem o debate com ela, incluindo eu mesmo e o Symphony, e que, impressionantemente, nos aproxima em nossas conclusões.

No entanto, noto uma forte diferença de pretextos: Ainda que tenhamos partidos do mesmo terreno, e devo dizer que era um terreno pedregoso, teórico, ou seja, o Livre Arbítrio e o que fazemos com ele, tomamos abordagens diferentes com o passar dos anos, meu amigo. A minha vida acabou me levando para adotar uma via totalmente teológica para explicar a situação e a sua se manteve ligada a experiência humana. De qualquer forma, se olharmos essas diferenças numa análise macro e micro, elas são perfeitamente combináveis, ainda que mantenham sua "individualidade"... À única especificidade na minha crise de propósito. Ainda que nos pareça possível escolher, nos dando a falsa ilusão de Livre Arbítrio, seguimos um Destino predeterminado pela imaginação da Divindade. Então, ainda que houvesse um propósito que nos movesse pessoalmente em direção a algo que desejamos, ele pode não estar em consonância com o plano Divino para a humanidade.

O que na verdade a maioria das religiões tenta fazer é, baseadas no exemplo histórico, determinar um grupo de comportamentos que torne consonante o propósito da maioria da humanidade, que é atingir a felicidade, excluindo aqueles seres únicos que tiveram sua atuação face a humanidade especialmente prescrita, no sentido de determinada, e aí podemos citar exemplos muito bons, como Ghandi, e exemplos muito ruins, como Adolf Hitler, e o propósito Divino, que é o bem da humanidade, tomando como paradigma o que a filosofia grega, aristotélica, e devemos incluir um "cristã" aí, determinou como virtudes.

Mas aí surge uma questão interessantíssima, levantada no final de seu texto, que entrou mais uma vez em perfeita consonância com a minha forma de pensar e compreender o mundo: "Animais matam a si próprios para fazer valer a seleção natural." A seleção natural, bem como tudo relacionado a genética é, em minha opinião, o pensamento divino em seu formato mais puro porque, ainda que possamos determinar causas a muitas mudanças que ocorreram no comportamento humanos, poucas são as explicações que resolvam de fato questões ligadas a fenômenos físicos humanos, explicando essa expressão como tudo que altera a vida humana e é natural, ou seja, não derive de escolha humana, como mudanças climáticas que forcem migrações, a própria seleção natural, mudanças fenotipícas para se adaptar melhor a uma ambiente, entre outras. Ou seja, quando o assunto é uma mudança na natureza biológica do homem, nunca se acabam os "porquês" ou eventualmente eles cabam em um "porque Deus quis assim".

Admitindo agora então esse "Porque Deus quis assim" como resposta ao "Por que Hitler era louco para caralho?", e passando no caminho pela resposta intermediária de "Porque ele nasceu com uma bola só" e sabendo que todas as religiões do mundo vão querer me crucificar por isso, vamos a um outro ponto, tomando como ponto de partida a questão da evolução. O texto do Asimov citado é fantástico e recomendo a leitura para todos, o texto está aqui no blog mesmo. Este claramente aborda uma situação de Evolução por Evolução, ainda mais que a questão da conexão.

Não seria a evolução mero passo em direção ao propósito? Sim, seria, e aposto que você vai concordar comigo nisso. Claro que possivelmente entendemos ela de forma diferente, sendo a minha determinada pela Divindade, pela imaginação da Divindade, como dito no texto "A Verdade" lá do "Roaming Within My Own aka Celebration of The Wolf". Mas mais importante que isso, na análise da evolução como metapropósito, você abordou um tópico importantíssimo, a análise do ser humano como parte da humanidade, parte do todo, e nunca o todo por si só. É justamente essa questão que sempre havia me intrigado. Sou católico, pelo menos formalmente, como a maioria das pessoas sabe, e sempre me inquiri: "Que bagulho é esse de Deus ser bonzinho? Jesus Cristo ser meu amigo? Se é assim, por que ele deixa geral se matar?" E aí veio a resposta através da análise do individualismo iluminista imbecil que nos cerca.

Essa parada toda de individualismo que os iluministas tanto pregaram é BULLSHIT. Alô, ainda que soe muito bem, você, sujeito que lê este post (pequena e rápida mudança de interlocutor), nunca vai determinar todos os fatores da sua vida. Eles serão brutalmente impostos a você por um Deus Demiúrgico, aristotélico em seu tratar com o ser humano-indivíduo. Ele não está tão afim de você. Ele quer saber é do bem da humanidade, porque ele ama a humanidade.

Ele diz quem você é através da combinação de códigos genéticos que te compõem, ou seja, sua família. Tá, então vamos ver se está tudo correto: Você é fruto de seu código genético, seu livro da vida, no qual a Divindade inseriu tudo que ela queria que você fosse, certo? Certo. Então, ainda que você tenha um propósito deliberado pela sua vontade (e faço menção aqui, como meu amigo Symphony fez a São Tomás de Aquino e a Descartes e como ele uniu os quatro), existe um propósito Divino que te envolve, que você não sabe qual é e que determina o acaso na sua vida? Certo, e essa é a conclusão esperada. Seu propósito pessoal, determinado pela vontade que Deus te deu, pode ou não se realizar, tanto faz. O Dele é que vai se realizar, sempre, fikdik.

Hitler poderia ter sido o representante do poder executivo da Alemanha, mas se ele não tivesse uma bola só, talvez ele não tivesse matado seis milhões de judeus. E vice-versa. Ele poderia ter tido uma bola só e não ter sido führer. Mas entenda, jovem padawan, que na verdade, o que determina o que você vai fazer é o Acaso, a grande arma da Divindade. E, considerando que Ela é onipresente, onipotente e onisciente, você pode se tornar o presidente da Alemanha e matar seis milhões de judeus ou você pode tentar libertar a Índia dos ingleses com protestos não-violentos, ou ainda, amanhã pode se materializar um piano no céu e ele pode cair na sua cabeça, basta que Deus queira (lembrando que Deus só quer o bem da humanidade, ressaltando que os sentimentos, e desejos, Divinos escapam a compreensão humana e Ele nunca vai querer que a Terra se transforme num hamburguer só pra saciar Sua Divina fome).

Mas aí continua a questão. Então seguimos em direção a um propósito que não sabemos qual é, e, isso vale ser ressaltado, você nunca pode escapar a ele justamente por causa dessa sua ignorância (de não saber qual é o propósito, vale ressaltar), certo? Correto. Como isso vai alterar a sua vida? Em nada, é só você ir vivendo que você continua no Plano Divino. Mas aí veio mais um ponto genialmente ressaltado no texto anterior. "Será que a real evolução estaria em se adaptar, igual a um mamífero qualquer, à dinâmica social de hoje? Ou quem sabe tentar mudá-la para algo que preste? Isto fica sujeito a um brianstorm, ficadica."

E nós chegamos numa mesma conclusão, eu, o Papa, ele, Evo Morález, Lovecraft, minha irmã, todo mundo, enfim: HEY, o mundo está uma merda!

E aí temos mais uma vez a clareza de compreensão do escritor mostrada nos três últimos parágrafos. Quando questiona a Evolução pela Evolução no parágrafo intermediário, destrói-se a crença da Evolução como metapropósito, crença esta que, se analisarmos bem, sustenta o capitalismo atual, o desenvolvimento científico (por favor, não estou generalizando aqui. A maioria dos cientistas, bem sabemos, se dedica a melhorar as condições de vida da espécie humana.), guerras pela Democracia, enfim, a maioria das coisas que o Ocidente sustenta como dogmas.

"Devíamos parar de ser egoístas e estúpidos e trabalhar para uma evolução de verdade. E não há meio de fazer isso sem ser nadando contra a maré.
Animais matam a si próprios para fazer valer a seleção natural.
Quem foi que disse que a natureza nos fez apenas animais?"

Em minha humilde opinião, se todos nós conseguimos concordar com isso, foi porque a Divindade quis. Está na hora de quebrar os dogmas dessa sociedade, desde os que nos impuseram uma democracia controlada por analfabetos (viva Platão!), ao que faz um indivíduo crer que a recompensa química liberada no cérebro dele quando ele é posto numa situação de pegação é a razão de sua vida. Está nas hora de levantarmos a bandeira novamente dos valores tão saudosamente listados por Symphony no texto que precedeu o que gerou esta reflexão, a bandeira da honra, da nobreza do homem e, por que não? do Romamntismo.

Afinal, não é o Amor a experiência máxima do ser humano?

segunda-feira, 26 de julho de 2010

O Propósito

Eu discordo da teoria que o Mystery apresenta como motivador ao estudo das dinâmicas sociais - a da Reprodução e Sobrevivência. Ela é boa para explicar os fenômenos sociais, porém não é um gerador de propósito que preste. Pelo menos não pra mim, um cético filho da puta.
Afinal, se nosso propósito é Replicar e alongar nossa Sobrevivência, qual é o sentido de evoluir, então?

Somos um misto entre robôs e animais, e da parte dos animais o Mystery deu uma abordagem boa. Porém não coube ao escopo do livro dele falar sobre lógica, é claro, pois um livro sobre atração é um livro diretamente sobre uma questão animal. No que fez falta para mim para a determinação da inclusão das técnicas de pickup e inner game no meu portfólio de coisas que quero jamais me desgrudar na vida.

Porque o tal Jogo é a metáfora da dinâmica social atual, e ela há de mudar cada vez mais rápido, até não haver nenhuma definível, ou algo muito homogêneo para que não seja entendido com facilidade. Isto é pra mim quando somente haverá o propósito, e formos imortais novamente. Mas esse dia não vai demorar a aparecer.
E mesmo que não mude, há de se fazer uma pergunta: Será que a real evolução estaria em se adaptar, igual a um mamífero qualquer, à dinâmica social de hoje? Ou quem sabe tentar mudá-la para algo que preste? Isto fica sujeito a um brianstorm, ficadica.

Uma coisa precisa ser pontuada: assim que houve uma primeira mente pensante, houve a geração do propósito, por isso ele já é necessário.

O propósito é um conceito com cardinalidade diferente porém de naipe igual ao de existir e o de lógica.

Você não pode negar a lógica, pois para negá-la teria que usar a própria lógica, o que a reafirma e gera um absurdo.

Você não pode argumentar sobre a existência de maneira que não seja local, ou seja, não pode usá-la à extensão do universo se o universo for Tudo. Pois se você afirma que o Não Existir não existe, então você também o reafirma, o que é absurdo. Logo o Não Existir EXISTE; o que o impede de considerar algo que é Tudo como existente, pois isso contradiz que o não existir existe.

O que podemos fazer é considerar tudo o que não existe como algo que ainda não foi concebido, pois uma vez que há a concepção de algo, essa coisa existe, sob as circunstâncias de sua concepção. Vampiros existem, mas é claro, não fisicamente, apenas em quadrinhos, filmes, imaginações, e a circunstância da existência deles é a que o responsável pela sua concepção determinou. Por isso o Felipe Neto tem razão em dizer que a porra da Stephenie Meyer fez uma merda que é qualquer coisa menos vampiro e lobisomem, pois eles já existem e são diferentes daquilo. Diferentes tanto quanto foram determinados ao serem concebidos.

Mas enfim, as coisas concebidas são as que existem. Desse modo, o conceito de existir é local. O universo, enquanto Tudo, não existe: ele simplesmente É.

Por fim o propósito. O propósito é considerado sinônimo de intenção. São Tomás de Aquino concorda com Descartes que intenção, propósito, vontade e liberdade são a mesma coisa: a faculdade através da qual somos dignos de louvor quando escolhemos bem, e dignos de reprovação, quando escolhemos mal.

Isso se a escolha existisse.  O primeiro post desse blog foi dedicado falar da inevitabilidade do acaso ou Vice-Versa (rá, já viu alguém fazer trocadilhos como esse?).

O propósito é o mais complicado dos três: Dizer que não há propósito é dizer que de nada serve a causalidade, da qual sai a análise que leva ao propósito. Isso pode ser complicado de figurar. Imagine quando não havia o conhecimento.

Quando não pensávamos, apenas baseávamos as cognições em análises superficiais geradas pelos sentidos e sentimentos, quando muito. Descobrimos que ao cairmos em cima de uma pedra, podíamos bater a cabeça e morrer; disso saiu a análise, e ela gerou a idéia de tentar jogar pedras ao caçar. Ou quem sabe como quando fomos descobrindo o que podíamos fazer com o fogo. Tudo isso gerou o propósito. O início do raciocínio analítico lógico gerou pequenas induções que eram motivadas pelo propósito. Nisso foi surgindo o raciocínio abstrato, a linguagem, a introspecção, enfim, a resolução dos Problemas.

A evolução apenas por evolução é um propósito e ao mesmo tempo um metapropósito. Ela gera replicação e sobrevivência também. Mas não só de corpos e sensações, como a evolução por seleção natural. Num ser com capacidade mental para operar sistemas de lógica, existe a evolução do conhecimento, dos paradigmas, das artes etc.

É nisso que a teoria do SR peca: ela não tem um propósito para humanos, só para animais que pensam. Pensem nisso.

O mais engraçado é que Mystery dizia que a mente dos homens evoluiu muito mais rápido que o corpo dos homens.

E ele tem razão: Existem datas do Australophitecus de 2.5 milhões de anos atrás, e do Homo Sapiens de 200.000 anos. Há 6mil anos surgiam a escrita cuneiforme e os hieroglifos, há 130 anos atrás surgiam a lâmpada elétrica e a primeira central de energia. Há 20 anos surgia o protocolo WWW e a internet começava a se difundir. Pois hoje todos nós estamos conectados através da internet e no futuro provavelmente estaremos cada vez mais conectados.

Nós não estamos aqui por que somos livres para estar aqui, nós estamos aqui porque não somos livres. Não há como escapar ou negar o propósito, nós sabemos que se não tivéssemos um propósito, nós não existiríamos.

É o propósito que nos cria. É o propósito que nos conecta. É o propósito que nos guia, que nos faz evoluir. É o propósito que nos define. É o propósito que nos liga, nos prende aqui.

E se vocês leram o conto de Asimov "A última pergunta", se lembrem aonde essa história de conexão vai parar.

Devíamos parar de ser egoístas e estúpidos e trabalhar para uma evolução de verdade. E não há meio de fazer isso sem ser nadando contra a maré.

Animais matam a si próprios para fazer valer a seleção natural.
Quem foi que disse que a natureza nos fez apenas animais?

Receita para vendedores sem escrúpulos

Este post é algo que de fato entra par o meu livro imaginário, O Manual do Filho da Puta. Que de tão filho da puta, daria um livro de trocentas páginas com trocentas menos uma vazias, com os dizeres "se fudeu, rá" na última.

Vi há um tempo atrás um vídeo muito ridículo sobre um autoentitulado PUA de uma companhia que desconheço se apresentar no Jô, de maneira lamentavelmente despreparada. Na verdade esse é o tipo de coisa que eu acho que não deve ser apresentado a Massas, público massificado Logo despreparado, massa que me lembra cocô com farinha, pedacinhos de merda, entre outras coisas. Coisas que não possuam intelectualidade o suficiente para extrair dos outros o melhor deles, quando muito enxergar que isso existe.

Eu odeio meio-termos sem causa, aqueles que o são por falta de identidade. As massas não decidem se são humanos ou animais nunca.

Recentemente li um texto do blog Controle Remoto, do recentemente famoso Felipe Neto, pelo qual possuo alguma admiração. Esta vem principalmente da sua capacidade de expressar opiniões relevantes a qualquer um e inserir alguma coisa na cabeça de quem não tem muita. Aparente e infelizmente, nem todos o entendem.

O texto falava dessa entrevista no Jô.
http://controleremoto.tv/blog/2010/03/guia-de-como-pegar-mulher-na-balada-oi/
Vocês podem ver o vídeo, e talvez até o texto, e verão do que se trata.

Logo abaixo, o comentário que eu fiz. Com 2 meses de diferença em relação ao texto original, por isso resolvi postar.

Soa muito tentador poder conquistar qualquer mulher que se queira, não é?

É que nem crepúsculo isso, só que um pouco diferente. No final é tudo sexo e poder. Quaisquer provocadores de sensações com senso delusional de possibilidade vendem pra caralho. Vejamos outros exemplos: Deus(no sentido “universal” da palavra), aumento peniano de 20cm, O Segredo, etc, vendem muito, brother.

Suponha que esses métodos realmente funcionem, que hajam resultados, que os caras apesar de inseguros consigam o que queiram e tudo mais aqui comentado.

É…

Qual é o propósito dessa porra toda? Comunidade, livros, aulas, os caralho?
O tal célebre Mystery, que começou com isso, é um maluco de 37 anos e já deu entrevista no Letterman, ou sei lá, algum desses Jô’s que falam inglês. Não lembro o que ele tinha a dizer sobre o sentido da vida dele, que era até relevante, mas enfim.

Ele dizia “Meu cérebro está programado para me dar recompensas químicas quando realizo coisas que aumentam minhas chances de sobrevivência e reprodução*. Recompensas químicas – isso eu chamo de felicidade.”
(* com o que certamente quis dizer ‘fuder geral’)

Com isso, um brother meu entendeu “A nobreza do homem que se foda”.

Mas como você mesmo disse em num vídeo seu sobre cantadas Felipe, as tais senhoritas que pros alfas são alvos, elas mesmo, queimaram sutiã, fizeram os caralho a quatro em busca de uma liberdade que virou libertinagem num piscar de olhos.

Acabou toda a graça do romantismo, todo valor da castidade/fidelidade, e daí vai cavalheirismo, honra, enfim casamento e filho virou contrato, daí vai. Tu pode ainda falar da mídia massificada, que só põe cada vez mais merda na cabeça do jovem. Nada mais faz sentido, né.

E daí surgiu essa metáfora que esses caras usam de chamar isso de jogo. Virou um mix de putaria com cabacismo de outra geração que nem se aplica nem faz valer. Pelo menos creio eu. Eu comecei a ler o tal livro “O Jogo – Neil Strauss”, mas achei um porre. Existe uma subcultura de “pick-up artists” criada em cima disso, de estratégias pra vencer no jogo.



Eu tentei e não consegui, sério, se tu achar sentido nisso tudo, me avisa.
A única coisa que eu posso concluir é que precisa haver cuidado na abordagem de ambos os lados.

Isso não é necessariamente uma crítica, a questão é que cada um acha pra sua vida o Propósito que ‘quer’. E pra si, aquilo é o que importa.
(De maneira que não se pode sair dizendo o quanto é fodão e superior ou sair oferecendo ajuda como se tivesse alguém aqui precisando dela.)

Senhores alfas, mantenham seu conhecimento tão sagrado para si.

Fim do comentário.

Uma extensãono próximo post.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Psicotécnico

Imagina que você está em um avião com mais três tripulantes: A Tati, o Marcinho VP e o Sasá Mutema.


De Sasá Mutema você deve se lembrar. É um velho bóia-fria, analfabeto, desmiolado, chato pra caralho e que ainda por cima acha que pode comer a Maitê Proença.

Marcinho VP também já atingiu a categoria de celebridade nacional. É um dos maiores traficantes do Rio de janeiro, matador desde criancinha, malvadão mesmo, mata sorrindo.

A Tati é uma menina que eu conheci ano passado. Jovem, bonita, gostosa, e patricinha. Pertence a uma família de clase média alta de Niterói, e está prestes a se formar em Educação Física.

1) De repente o avião começa a pegar fogo e restam poucos minutos pra todo mundo se fuder contra o chão. Em meio ao pânico você se dá conta de que só há 01 (UM) pára-quedas. O que você faz?

a) Dá o pára-quedas ao Marcinho VP
b) Dá o pára-quedas à Tati
c) Dá o pára-quedas ao Sasá Mutema

Esse é fácil. Foi só pra ver se você estava atento. Qualquer uma das altenativas acima está errada. Se só há UM pára-quedas, como é que você vai dar pra alguém?

O teste número dois é um pouco mais difícil.

2) Você está com os mesmos tripulantes no mesmo avião que está pegando o mesmo fogo, só que agora você tem DOIS pára-quedas. Supondo que você foi aprovado no primeiro teste, um deles tu sabe que é seu. Pra quem você daria o outro?

a) Para o Marcinho VP
b) Para a Tati
c) Para o Sasá Mutema

O objetivo desse teste é medir sua capacidade para planejar o futuro.

Leve em conta que um acidente destas proporções é sempre notícia de primeira página, e, logo será chamado para dar entrevistas. Isso sem mencionar que será interrogado pela polícia sobre as causas do desastre.

Se escolheu salvar o Marcinho VP, fracasso total. Que merda que você tem na cabeça pra salvar esse animal? Quero ver agora você convencer às autoridades de que não é cúmplice desse psicopata depois de deixar uma jovem promissora e um idoso morrerem para salvar a pele de um assassino.

Se você escolheu a Tati, tá errado também. Considere que a mídia sempre enche a bola da classe média alta. No final, ela ia ficar com fama de heroína da história só pra ela. Além do mais, a repercussão no caso geraria mais uma subcelebridade. Ia ser chamada pra trabalhar em malhação, ia posar nua, abrir uma grife de cosmético, destaque de escola de samba, e, você lá no maior ostracismo morrendo de remorsos por saber que poderia ter evitado tudo isso.

Se você escolheu salvar o Sasá Mutema, a única conclusão possível é que você só pode estar de sacanagem, não há outra.

A única resposta correta nesse caso é pular tu mesmo com os dois pára-quedas. Lembrando que o teste falava de planejamento futuro, pois isso. Há de se considerar a hipótese de que nos futuros instantes um dos pára-quedas esteja com defeito.

O teste número três, sim que é um dilema.

3) Imagina a mesma situação anterior, só que agora você tem TRÊS pára-quedas, e, deve escolher quem você Não salva:

a) O Marcinho VP
b) A Tati
c) O Sasá Mutema

O objetivo desse teste visa analisar seu caráter.

Se você escolheu o Marcinho VP, demonstra alto grau de racismo. Certamente tentará se defender alegando que sua escolha foi influenciada por outros fatores nada relacionados com o tom da sua pele, como o fato de ele ser um estuprador, assassino, sanguinário, sem a menor perspectiva de reabilitação, mas, não te parece muita coincidência que é sempre o preto que se fode? Aconselha-se refletir sobre o tema.

Se você escolheu a Tati, demonstra alto grau de machismo. Certamente tentará se defender alegando que já está de saco cheio de educadoras físicas ou de esses riquinhos sem graça que tem todas as oportunidades na vida de ser alguém e as acabam malgastando. Se metem em drogas, queimam índios, têm um gosto musical deprimente, escolhem profissões inúteis, patricinhas que ficam gostosas só de sacanagem porque acabam não dando pra ninguém, e ainda por cima tomam aviões que se caem. Eis um questionamento: por que as mulheres têm que dar o exemplo? Por que não podem elas também se tornarem seres desprezíveis? Aconselha-se evoluir. Os tempos são outros agora. Inclusive de uns tempos pra cá, existem mulheres que cagam.

Se você escolheu o Sasá Mutema, não apresenta nenhum sinal de preconceito, apenas um elevado grau de insensibilidade e falta de compaixão com deficientes mentais.

Fica claro que a única maneira de provar que você tem o mínimo de escrúpulos seria saltar com os três pára-quedas. Dessa forma estaria mostrando que trata a todos os seres por igual, independente de raça, sexo ou idade.
Além do que, cá entre nós, pára-quedas nunca é demais, escreve o que estou te falando, essas merdas são fodas pra dar defeito, melhor prevenir.

O teste número quatro é o nosso último.  Ao contrário dos demás testes, este não é múltipla escolha, e, apesar de parecer simples, é o que mas exige raciocínio.

4) Você agora tem QUATRO pára-quedas e todos podem sobreviver. O que você faz?

O objetivo desse teste é analisar sua percepção da realidade. Assim que, se te passou pela cabeça saltar com as porra dos Quatro pára-quedas para casos de falha, saiba que não há nada mais irreal do que pensar que dará tempo de experimentar os quatro pára-quedas antes de se estabacar no chão.

Se decidiu distribuir os pára-quedas entre a tripulação e saltar com eles, também se enganou.

A única resposta que prova que você é uma pessoa perfeitamente sã e tem absoluto conhecimenro do mundo que o rodeia e da realidade que o envolve seria distribuir três pára-quedas entre a tripulação, guardar o seu e esperar que saltem.

Ao cabo de uns segundos deve aproximar-se à janela e observar. Caso perceba que por uma incrível sorte todos pára-quedas falharam, pode saltar tranquilo sem ter nada a perder.

Em caso contrário deveria voltar à sua poltrona, respirar fundo e relaxar, tudo isso vai acabar em uns poucos segundos. O mundo lá fora cheio de assassino, patricinha, traficante, professores de educação física e Sasás Mutemas... o que diabos você quer fazer lá embaixo?

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Eu discordo.

Tá, eu sei que eu não sou um cara tão interessante assim. Eu sou nerd, radical (no mau sentido, nada a ver com Nescau e peripércias iradas no skate), desagradável, inconveniente, eu não sou um cara divertido, sou enjoativo, e pareço uma ameba à primeira vista.
Eu entendo sim... mas eu discordo!
Eu quero que vá todo mundo se fuder, vão pra puta que o pariu. Eu to feliz assim, e essa cambada de verme que se foda, vai todo mundo tomar no cu. Cansei.

E JESUS NÃO EXISTE, PORRA!!!

Caralho...

segunda-feira, 5 de julho de 2010

"Um MaC Loving OS X com fritas e coca média, por favor"

Meu fim de semana foi do caralho! Sabem o que eu fiz? (/pergunta retórica)
Perdi meu sábado e domingo inteiros tentando instalar o Mac OS X Snow Leopard 10.6.4, sistema operacional da Apple, no meu note que tava pegando poeira aqui graças a uma instalação mau-sucedida do Windows 7 via penis-drive , resumindo, resolvi perder tempo com bobagem devido ao extremo ócio e com isso, QUEM SABE, aprender coisas novas =D
Foi uma aventura tensa, já que o Mac OS X não foi feito pra rodar em nenhuma máquina diferente do iMac e seus derivados, tanto que antigamente essa prática era impossível de verdade, porque a Apple usava os processadores da IBM como base de seus iMacs, os Power PCs, eles tinham uma arquitetura própria de mesmo nome, diferente do padrão dos outros processadores que utilizamos em nossos computadores (x86(32bits)/x64 (64bits), graças à essa peculiaridade o sistema operacional era escrito especificamente para arquitetura Power PC. De um tempo pra cá a Apple trocou seus processadores IBM pelos da Intel, iguaizinhos aos que usamos em nossos computadores, com isso abriu-se uma brecha para para a instalação do sistema operacional Mac OS X em máquinas normais, já que o sistema operacional teve de ser reescrito em X86 e X64 para rodar nos processadores Intel, e assim nasceram os "Hackintoshs" ou "OSX86".
As diferenças entre o Mac OS X e o Windows são grandes, por tanto não é tão simples instalar o Mac OS X, a batalha começa com a obtenção de algum meio para instalar o Mac OS X, tinha algumas opções para tal:
1 – Baixar uma ISO modificada do Mac OS X Snow Leopard com todos os procedimentos para o “hack” já pré-instalados no conteúdo do DVD
2 – Baixar a imagem oficial da Apple em formato “DMG” e ir aplicando as modificações eu mesmo de acordo com a minha máquina.
3 – Usar um pendrive de instalação do Mac OS X Snow Leopard criado pelo próprio sistema operacional usando a imagem oficial da Apple como base.
Bom, eu sempre opto pelo meio mais “puro” já que com ele é que se aprende mais e as coisas ficam do jeito que você quer, então a segunda opção era a mais indicada, correto? Verdade, mas infelizmente isso não funcionaria comigo porque meu gravador de DVD tem vida própria e resolveu não reconhecer mais DVDs virgens, quanto mais gravá-los, provavelmente ele já deve ter se cansado desses DVDs virgens juvenis mlkmerdas e agora só quer abrir DVDs experientes e que manjam das putarias......”IHIHIHIHI! MUITO BOA! A PRODUÇÃO TÁ DE PARABÉNS, PÕE NA TELA PIKACHU!” Tá, chega ‘¬¬
Nessa situação desconfortável, resolvi fazer uma suruba eclesiástica de dados, baixei a imagem oficial da Apple (em formato DMG) e depois baixei o VM Ware, um programa que simula maquinas virtuais, com ele você pode rodar o sistema operacional dentro de outro sistema operacional sem precisar instalá-lo em sua máquina, é tipo aqueles memes do xzbit: “Yo dog, I heard u like OSes... So we put a O.S on a O.S so you can get a BSOD while you are getting a BSOD.”. Meu plano era criar uma máquina virtual, instalar o Mac OS X nela e criar um pendrive bootável com ele, aí era só instalar no note, simples assim =] Ledo engano, me fodi, o formato da imagem “DMG” é um padrão da Apple e utilizava um sistema de partição diferente, o HFS, que não era reconhecido pelo Windows, aí fudeu, pesquisei pra cacete e achei uma forma de converte-lo pra ISO, depois de muito esperar finalmente consegui instalar a máquina virtual, comecei a criar o pendrive de instalação, até aí tudo bem, mas eu esqueci que a máquina-virtual é sempre muito mais lerda que a normal, nisso o que era pra levar uns 30mins – 1h levou 10H! 10H! ISSO MESMO, DEZ HORAS!!! BOB SAGET! Fui dormir puto pra caralho, mas tranqüilo porque sabia que quando tivesse acabado ia poder instalar o OS X no meu note e garotear por aí com meu leopardo da neve =]
Depois de acordar vi que tinha concluído, tirei o pendrive do PC e fui pro note começar os procedimentos, mas nada daquela merda bootar, fui procurar na internet e vi que tinha esquecido um detalhe, criar uma partição de boot hackeada para inicializar a instalacão, nessa hora soltei o “FUUUUUUUUUUUUUUUUUU!”, fiquei puto e baixei uma iso modificada (iAtkOS S3 V2) joguei no pendrive, gravei o DVD no note da minha mãe e foda-se... depois de tudo isso e puto pra caralho FINALMENTE entrei no Setup do Mac OS X. Porra, foi foda, mas consegui instaler numa boa, tudo funcionando, só preciso achar ou modificar o driver de vídeo para ter todas as funcionalidades do mesmo e o WiFi, de resto, tudo funcionando...
Moral da história: Por mais que seja legal fazer tudo da maneira mais completa , a melhor opção é pegar a porra toda pronta feita por algum otário qualquer, já que esperar 15H E SE FUDER não vale nem um pouco a pena galere =]
Falando sério, fazia tempo que não me divertia sozinho assim, tava sentindo falta de pesquisar essas nerdices que eu gosto, foi muito bom voltar a perder tempo com essas “bobagens” =) Acho até que depois desse texto vou me encorajar a criar um blog comentando sobre tecnologia para pessoas que usam a cabeça e não o Orkut, acho que pode ficar legal....

Pré-Revelações II

Fui impelido a escrever alguma baboseira sobre minha vida aqui. Vejo meus colegas tão sobriamente mostrando suas opiniões e concordo plenamente com estas. No entanto, talvez falte-me a coragem de quebrar com todo um grupo de paradigmas que se impôs a minha existência depois de algum tempo. Talvez aqui no blog possa falar sem temer o as conseqüências que advenham de meus pensamentos.
Não que eu não concorde que devemos assumir nossas responsabilidades, mesmo porque eu lido muito bem com as minhas. Mas não me arrogo numa situação tão superior para ministrar sermão para ninguém, como sempre afirmei.
Odeio materialismo fútil. Não gosto de falar de carros, roupas e outras futilidades. Gostava de debater o ser, o tempo, a psiquê humana. Não gosto de fazer coisas que eu não quero fazer. Se eu disse não, é não. Se eu disse sim, é sim.
São poucas coisas que me atormentam, mas me atormentam profundamente. E a verdade é bem simples. Não creio que precisaria de mais de um parágrafo para me fazer entender, mas o rebuscamento me impõem tal prolixidade.
Sinto saudades e estou cansado. Na verdade, estou desgastado e incompleto. Alguns laços que se enfraqueceram com o tempo não deveriam ter se enfraquecido, ao passo que outros, já extremamente desgastados, não se desfizeram por mera falta de força de vontade.
Não sei se minha opinião é tão importante, mas escrevo para aqueles que aqui depositam suas reflexões. Quem eu amo, lendo o texto, saberá que por mim é amado, ao passo que aquele que mantém atitudes que eu desprezo talvez encontre neste texto motivo para refletir.
Sem mais.

In the depths of the river

A teoria, o abstrato. A não prática, a primeira metade da pré-ação do ser racional.

A vida é um emaranhado de fluxos de desordem caoticamente ordenados. Também é um pedaço de realidade que se abre diante de seus sentidos, o pequeno espaço ao redor de você, o invariavelmente variável "pequeno". Varia conforme o que é o ser.

Vida...  A materialização da existência... A cagada que soluciona postumamente o fim do mundo.

Eu já falei muito sobre o curso da vida, a origem, o sentido dentro da vista do homem, extrapolar a partir disso seria previsível, algum dia ia acontecer. Mas ser possível escrever algo que preste, varia. Reconheça as palavras, como sempre, e absorva o que achar que é válido.

Você é uma máquina operando. Você é um vetor nesse infinito conjunto. Seu módulo aumenta conforme suas dimensões são engrandecidas.
Falar do sentido da vida é fácil quando se fala da humanidade enquanto uma entidade. Já se restringir ao indivíduo, não é tão simples assim.

Eu acho um saco, mas tenho pena pois sei que também já fiz um dia, certas coisas. Erros de pensamento comuns que as pessoas cometem por comodismo ou fraqueza de espírito, que provavelmente não foram geradas por responsabilidades delas. A toda hora vejo pessoas tirando significados internos distorcidos de eventos externos e se enfurnando num casulo de medo por isso. Medo, o medo e a dor, aqueles que deveriam ser nossos grandes professores...

Nós deveríamos parar de nos desculpar e dar desculpas, e de viver em busca de aprovação dos outros. Não há nada a se conquistar nisso, e ainda por cima, só torna banal o ato de perdoar.

Sempre acreditei na evolução do homem, em buscar novos níveis e paradigmas, evolução constante e consciente. Porém num "infinito conjunto", pode ser difícil não se perder. É como dizia Confúcio, o homem que caça a 2 coelhos não pega nenhum.

Aceite tudo da maneira que é. Assuma as responsabilidades. Trabalhe em você mesmo, e expulse o covarde interno que quer ficar e sugar energia.

Seja seu próprio centro, mas não faça disso uma maneira de evitar todo o resto. Viajar é o melhor meio de reafirmar isso. O ser se engrandece da transformação interna do bom que há lá fora em algo ainda melhor. E assim engrandece também o mundo ao seu redor.

Todo mundo devia construir uma poderosa e capaz imagem própria a que ame, e mudar seus modelos de referência para si próprio depois de certo momento da vida. Nós não somos criados para absorver referências pra sempre, nossos pais um dia morrem. Aqueles que poderiam dar a referência também. Precisamos saber a hora de produzir os próprios trabalhos.

Todo mundo devia achar um propósito pra sua vida.

Fatalmente, não temos como saber porquê nós de fato vivemos, pelo menos agora. Então já que estamos aqui, vamos fazer algo que preste.

O propósito do escolhido é chegar à Fonte. De onde sai todo o rio. E o escolhido pra essa vida, aqui e agora, é você.

sábado, 3 de julho de 2010

Circle Takes the Square

Sei lá, às vezes me pergunto por que perco tempo com certas coisas, são inúteis, não me proporcionam nada de prazeroso, é apenas um looping cansativo de algo que já deu o que tinha que dar, não adianta, não fui feito pra isso, posso mudar minha face ou vestimenta da maneira que eu quiser, mas nada disso vai me trazer prazer, é burrice insistir e até agora tenho sido mais burro que o Dunga...

As mesmas situações, o mesmo tipo de pessoa, a mesma futilidade,o mesmo desfecho, tudo isso cansa, desgasta, faz perder tempo e não agrega nada, só destrói. Tá na hora de fechar as atividades, ausentar-me, cuidar de coisas mais importantes e torná-las prioridade, chega de tentar um encaixe num universo que não me contém...

Meu mundo sou eu, me perdoe quem gosta da minha presença, mas eu mesmo já não a aturo mais e quando chega nesse ponto só resta o exílio, já fiz o que tinha que fazer, me diverti muito, passei por momentos memoráveis com certeza, no entanto, é preciso saber a hora de mudar as velas na direção de uma nova rota.

Não vou mais encarar a roda gigante, foda-se, vou embora pra casa jogar street fighter,estudar e ver bobagem na internet, já que o parque me deu no saco, só volto lá quando tiver um motivo decente para tal...

Beijos, não me liguem porque não atenderei...

domingo, 20 de junho de 2010

I pS2 You

Não sei começar esse texto, só sei que a minha revolta se foi. Eu aceitei as coisas como elas são, intensas demais para serem manipuladas.
A verdade está lá fora, e é justamente por isso que permaneço aqui dentro. É por não ter que encará-la e estragar a minha felicidade.
E é por isso que eu amo tanto as crianças, e meus olhos se enchem de lágrimas quando eu vejo a alegria radiante dessas criaturas tão puras. Como são sinceras as crianças. Estes não são homens, São pássaros com o único intuinto de voar e sentir a brisa do ar entre as suas penas.
Eu nasci pra ser pai, pra ver o maior amor do mundo nascer, plantar a minha semente de esperança no meio dessas trevas, por mais egoísta que isso seja.
Mas não existe mãe no mundo tão perfeita para a minha cria quanto Agrias. Não existe mulher como Agrias. E o pior de tudo: Agrias simplesmente não existe.
E é por isso que eu quero ser criança, eu tento ser igual aos seres que eu amo e invejo. Eu sou uma criança radiante quando porro os chineses, junto com as espécies raras que somam algo pra "humanidade".
Quanto mais conheço o homem, mais eu gosto do meu Playstation.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

O Calculador, pt.2 (ou Calculado)

As vezes me pergunto quem é o grande matemático em questão: nós, ou eles?
É agoniante ter tantas certezas, quando o que eu mais queria é que as minhas dúvidas e expectativas fizessem algum sentido. Mas são só sentimentos humanos. Fraquezas. Não é possível viver sem fé.
Fé, o veneno dos que buscam a verdade. Fraqueza, fraqueza, fraqueza. Não me incomoda tanto agora que eu sei: não dá pra fugir do nosso desenho primata e sem luz.
Fé no impossível, fé no ilusório. Fé em que afinal, quando tudo é tão óbvio? Tudo é rubro, com detalhes em negro, bem no fundo. Esse é o mundo em que vivemos. O mundo que engole, absorve tudo que há de celestial em você, ao mesmo tempo que oramos por eles. Somos profanos. Somos mundanos.
Se somos as teclas ou a calculadora? Eu prefiro acreditar que somos apenas o usuário. Enquanto a placa-mãe digita por nós, sinais randômicos, expressões matemáticas de cunho assombrosamente frio. Tudo é calculável, tudo é calculado. Tudo é uma parte de tudo. Tudo é binário.
Ainda assim, precisamos esperar o sinal, pois a lógica depende de cronologia, de fatos. E quem nos emitirá esse sinal? Quem controla todo esse sistema operacional, essa interface tão complexa, onde o simples bater das asas de uma borboleta pode gerar um tufão do outro lado do mundo?
E então ele percebeu que no fim, o caçador sempre vira caça.
O calculador foi calculado.

Return 0;

Apesar de ser um enorme clichê, a vida realmente é uma imensa roda gigante, cíclica, frustrante, monótona e com hora certa pra acabar a diversão... Seguindo por essa lógica posso afirmar que atualmente me encontro na parte de cima dessa roda gigante, todo vomitado e clamando para que o passeio termine logo...
Devo dizer que entrei no parque de diversões por volta de 2007, desde então muita coisa me aconteceu, fui subindo aos poucos na roda gigante da vida, conquistei coisas importantíssimas ao longo do caminho e até pouco tempo atrás apenas admirava a bela vista que se formava lá do alto, porém, infelizmente, não prestei a devida atenção ao enjôo que me incomodava antes de entrar no brinquedo, logo, quando menos esperava, estava todo cagado e preso lá em cima, estragando toda a subida e arruinando tudo o que me aconteceu de bom ao longo do caminho...
Agora cá estou, encarando 2007 novamente, me preparando pra começar tudo outra vez e limpando a sujeira de minhas roupas, sei que por mais difícil que seja vou voltar a subir nessa roda gigante, de certo bem mais experiente e focado do que antes. Por enquanto sei apenas que vou ter de curar meu enjôo para que este não venha a acontecer mais uma vez durante o percurso, provavelmente sua causa é comida ruim em excesso ou então algo psicológico, seja lá o que for, ainda preciso descobrir como driblá-lo, quem sabe me acalmando, quem sabe comendo menos ou então apenas tendo uma boa companhia ao meu lado para quando o enjôo chegar me passar o saquinho de papel, botar a mão em minhas costas e dizer: "Está tudo bem, vai passar..."
Enfim, estou de volta a manutenção, esperem por mais textos e metáforas idiotas como esta...
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quinta-feira, 27 de maio de 2010

O Calculador, pt.1 (ou Binário)

A matemática é uma ciência exata. Quando se faz o cálculo certo, o resultado sempre é previsível. Quando se é um bom calculador, raramente você erra. E quando se calcula com frequência, você não opera somente números. Viagens, cidades, amores, música, jujubinhas e boquete; nenhum deles está relacionado a algum algarismo numérico, mas são todos números, não faz diferença quando você sabe o que operar. Tudo é feito de probabilidades, até a própria probabilidade em si. Há probabilidade do calculador pensar na probabilidade de um evento aleatório ocorrer. Porém, esses eventos dividem-se principalmente em: os mais prováveis, os menos prováveis e os praticamente impossíveis. Não existem porcentagens definidas pois todas as são infinitas. Nós sabemos disso, mas não somos máquinas, nós calculamos. Não por que é um dom, mas por puro instinto. É totalmente impossivel evitar que isso aconteça, assim como ensinar um leão a comer alface.
Teoria do caos, efeito borboleta, está tudo aqui. A nossa percepção das coisas se expande em geometria fractal, e os ramos mais obscuros sempre aparecem para nos assombrar. Manter a fibra torna-se algo cada vez mais complicado, aqui sou eu contra eu mesmo, e não tem adiantado muito tentar superar a minha própria força. Quando você calcula o tempo inteiro, o futuro mostra-se muito mais claro. As coisas vão perdendo a espontaneidade, e de certa forma a graça. O que deveria me salvar acaba sendo a minha maldição. Eu disse que nós não somos máquinas, e de fato essa falta de frieza me consome. Calcular nunca leva em consideração o sentimento, mas o resultado... este brinca como se fosse uma mulher de malandro: ora recebendo carícias, ora entrando na porrada. Le-se ora como tudo junto, ou uma fração de centésimo, ou até o exato momento. Ser forte não costuma ser o bastante.
O mundo é muito mais colorido quando você não sabe que tom vem da aquarela, mas quando sabe, tem noção de por onde se deve pintar. O que vale mais?
Eu sinto tesão, eu sinto medo, eu amo, eu tremo, eu sou um rei, eu sou um diabo. Eu calculo.

"Qual é a probabilidade de topar com algo estranho neste lugar exatamente agora?
Uma em 418.992.
Pra mim, é toda chance do mundo." (Neena Thurman, Domino)

terça-feira, 18 de maio de 2010

Awakening

Estou numa espécia de ervaring meio esquisito.

Hoje descobri a definição do Despertar.

É se dar conta de que o acreditar é uma escolha.

E talvez eu tenha despertado.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Dunga

A diferença entre ele e vocês, é que ele já tá com a vida ganha.
pensem nisso.

terça-feira, 4 de maio de 2010

My Girl

I've got sunshine
On a cloudy day.
When it's cold outside,
I've got the month of May.

Well, I guess you'll say
What can make me feel this way?
My girl. (My girl, my girl)
Talkin' 'bout my girl. (My girl)

I've got so much honey
The bees envy me.
I've got a sweeter song
Than the birds in the trees.

Well, I guess you'll say
What can make me feel this way?
My girl. (My girl, my girl)
Talkin' 'bout my girl. (My girl)

I don't need no money,
Fortune or fame.
I've got all the riches, baby,
One man can claim.

Well, I guess you'll say
What can make me feel this way?
My girl. (My girl, my girl)
Talkin' 'bout my girl. (My girl)

Talkin' bout my girl.
I've got sushine on cloudy day
With my girl.
I've even got the month of May
With my girl.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Ampla, VAI TOMAR NO CU!!!!!!

É isso mesmo, eu não to doido não, VAI TOMAR NO CU AMPLA, PORRA! Sei que esta chovendo torrenciamente aqui no rio já faz quase 24h, no entanto de 11h da manhã até agora 4h da tarde eu estou sem luz, porra! Como vão me explicar isso se até as 5h da manhã eu estava acordado e com a luz funcionando? Não faz sentido, durante todo o tempo de pico da chuva a luz estava na moral, agora que ela diminui falta luz? Porra Ampla, vai se fuder, toda chuva que cai aqui, SEMPRE falta luz, e o mais engraçado é que só falta nessa parte do bairro, eu olho pro lado e ta todo mundo com luz, o mesmo vale pra minha vó que mora uma esquina antes da minha, é pouca zoeira?
Isso tudo é somado ao lindo fato de que sempre que falta luz aqui fica em meia fase durante horas, ou seja, temos que desligar a porra toda e ficar testando tudo pra ver se voltou ou não, sem contar o cagaço que ficamos de alguma coisa estragar. É POR ISSO QUE EXISTEM OS SERIAL KILLERS!
Ampla, eu te odeio com todas as minhas forças, tenho certeza que seu nome foi criado baseado na caracteristica principal da buceta das mães de seus fundadores, espero que estes queimem no fogo do inferno junto com você e a bindnet, duas empresinhas do caralho mesmo.
PS: agradeço a Apple por ter criado o iPhone 3G e a Claro por me dar a excelente cobertura da rede 3G que estou usando agora, esses sim são exemplos de empresas fodas!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Eu ainda quero a roupa do Darth Vader…

Não agüento mais, chega de promessas, chega de esperar, quero sair dessa merda de uma vez por todas, eu mereço, caralho! Simplesmente não dá mais pra acordar todo o dia e se sentir assim, como se eu estivesse dopado e passar o resto do dia desse jeito, não dá mais pra levar uma faculdade federal e uma vida social decente estando sempre cansado, sempre na merda, por mais que eu tente disfarçar ou esconder, não dá pra fazer NADA do que eu deveria ou gostaria de fazer, isso é um cu, não dá pra avançar na vida se você não consegue se mover, PORRA!
Pouco tempo atrás eu me apoiava em cigarro e álcool pra poder tentar escapar do nervosismo e da pressão que eu passo por causa disso tudo, e ao mesmo tempo ter um pouco de diversão/prazer logicamente, mas nem isso eu tenho vontade de fazer mais, quero dizer, não consigo mais me divertir ou esquecer das coisas com os dois, pra minha saúde isso é até legal, mas que se foda, do que adianta ter saúde sem qualidade de vida? Se eu pudesse não sairia mais de casa, por mim ficava o dia inteiro jogando Street Fighter IV, provavelmente é uma das únicas coisas que eu consigo fazer direito (meu Ryu é um demônio, modéstia a parte)...
Às vezes eu sinto vontade de voltar aos meus 14 anos, onde eu não tinha preocupações, não tinha compromissos, não almejava nada, só estudava (mal e porcamente), jogava The King of Fighters o dia todo e cuidava da minha querida página, que por sinal sempre foi foda e não dava dor de cabeça, lá eu tinha amizades virtuais sem o menor envolvimento real, não corria riscos, minha vida era simples, idiota,infeliz e ridícula,mas era mais fácil, bem mais fácil, por isso foda-se tudo, quero ela de volta. Apesar de ter mudado radicalmente nesses seis anos, eu errei lá no começo, não medi meu tamanho antes de crescer, deveria ter me estruturado melhor antes de qualquer coisa, ou não ter crescido at all... Eu sempre fui assim, entrei de cabeça em tudo, nunca deixei algo tomar conta da minha vida por muito tempo, sempre tive metas, planos, mesmo que eu não soubesse com clareza quais eram eles, agora eu sinto falta de ter parado e olhado ao meu redor, talvez eu devesse ter planejado diferente, talvez eu devesse ter continuado minha vida na mediocridade, quem sabe assim eu tivesse me aceitado e seria feliz sendo medíocre, deve ser melhor que ter um potencial enorme e não aproveitá-lo, algo frustrante e doloroso, apesar de sempre dizer que a mudança é algo positivo, de repente não é, ou não, sei lá, devo estar falando merda já que ando descrente de tudo, por tanto, ignorem o que eu digo, alias, ignorem tudo escrito aqui, foda-se.
No final de tudo, o que eu quero mesmo é a roupa do Darth Vader e que o resto vá pra casa do caralho!

A eterna música

A sinfonia é algo sublime.

Eu acredito em apenas uma coisa: que acreditar não é necessário.

Dessa maneira eu posso falar com qualquer um sobre qualquer coisa, pelo bem do progresso e pela graça do conhecimento, pelo exaltar da idéia, sendo ficional ou não.

É interessante pensar sobre nós sem preconceitos físicos.

Quando você, nesse momento, está com o rabo sentado perdendo tempo enquanto ouve música, já parou pra reparar como uma música é feita?
Ela é gravada com instrumentos físicos, que fazem som físico. Esse som todo vira informação e é passado pra vinil, CD, etc... em forma de dados. Mas quando o tocador toca, ainda sai o mesmo som, certo?

Aí um nerd safado, sei lá quem, inventou a mp3. Um formato de compressão de dados usando um algoritmo chamado Lossy Compression. Ele reduz a nitidez de certas partes do som que estão fora da faixa auditiva da maioria das pessoas, usando modelos de psicoacústica para escolher os dados a serem descartados ou reduzidos, e depois grava o resto da informação de uma maneira eficiente.

Usando matemática, você pode diminuir o tamanho da música pra uns 10% dela.

Agora me diga, pensando rápido num númnero de um a quatro, qual você escolhe?
É claro que eu não posso tirar isso da sua cabeça, mas e se existissem padrões na natureza... Dos quais eu posso reconhecer e usar?

Três. (se você realmente pensou 3, faz parte de uma massa de cerca de 76%)

Existem padrões na natureza. E eu falo assim tirando o jargão do computador e trazendo para o jargão da natureza. Porquê computadores são fatalmente natureza. Matemática é natureza. Códigos são natureza. Um deles determinou a cor dos seus olhos.

E por isso, um ser humano não é o seu Material.

Por exemplo a Britney, "oops i did it again...", não é o CD que é a música.
 É sempre a mesma música, quer seja em forma de CD, ou num HD magnético, ou numa fita K7, ou mesmo numa folha de papel escrito em zeros e uns.
Não importa qual é a mídia em que a música foi armazenada, a música é a informação, o código em si. A mídia é só necessária para se armazenar a informação. Poderiam até ser ondas, raios laser projetando 0100101 no espaço pra quem quiser interpretar, ou ondas de rádio.

O que é mais fascinante. Você não é a matéria: você é o conjunto de padrões com o qual a matéria que o compõe é disposta junta.
Se eu pegasse essa matéria e jogasse tudo num misturador, não seria mais você. Sustentando mais ainda o fato, devido à morte celular, mecanismos de excreção, entre outros, a cada 7~8 anos, toda a matéria em você é renovada, sua pele, cabelo, fluidos etc. E ainda assim você ainda é você. Ou seja, você não é a mídia, você é o padrão.

Você é uma música.

Jesus tocava a flauta. Ela tem 9 buracos, assim como nosso corpo.

É o ar que passa pela flauta ou a mente que faz a música que sai?

E se eu pudesse criar um meio de mp3zar você?